ESTILOS

 

No Karatê há um grande número de estilos e escolas. Os mais conhecidos atualmente são Shotokan, a escola Shotokai, Shorin-ryu, Goju-ryu, Uechi Ryu , Wado-ryu e Shito-ryu. Todos eles criados na primeira metade do século XX. O Kyokushin ("verdade final") é outro estilo muito popular, apesar de mais recente. Além desses, existem: Shobayashi, Matsubayashi-ryu, Kobayashi-ryu, Matsumura Seito e Matsumura Motobu. Desses se originaram estilos como Chito-ryu, Shorinji-ryu (Kempo) e Shorei-ryu. Outros estilos importantes incluem o Seido, Shudokan, Shukokai, Kenyu Ryu, Isshin-ryu e Shindo-jinen-ryu. Alguns mestres do caratê criaram estilos que são a combinação de vários estilos, como o JIKC (Japanese International Karate Center) ou o Kata shubu do ryu.

Assim, é possível relacionar a seguinte lista de estilos:

  • Ansatsuken
  • Chito-ryu
  • Goju-ryu
  • Goju-ryu Seiwakai (não tem relação com o estilo dissidente da kyokushin)
  • Goju-ryu Hakkoku Shobukan
  • Goju-Ryu Seigokan ou Seigokai
  • Goju-Ryu Goju-Kai
  • Isshin-ryu
  • Kenyu Ryu
  • Kobayashi-ryu
  • Kyokushin Fundador: Mas Oyama
  • Kyokushinkaikan
  • Taiyokan
  • Toshinkai- Fundador: Kancho Yuji Shimizu, faixa preta 8ºdan/Japão
  • Kuei-Shin - Mestre em atividade: Ailton Bichara Grillo (estilo em extinção)
  • Matsubayashi-ryu
  • Matsumura Seito
  • Matsumura Motubu
  • Rengo-kai - Fundador: Mestre Luis Kuribara
  • Seido
  • Seiwakai - Fundador: o brasileiro Kancho Ademir da Costa
  • Shinkyokushin - Presidente da WKO (World Karate Organization) é Shihan Kenji Midori, aluno direto de Mas Oyama
  • Shorin-ryu - Fundador: Mestre Choshin Chibana
  • Shorinji
  • Shindo jinen-ryu
  • Shitoryu - Fundador: Mestre Kenwa Mabuni
  • Shobayashi
  • Shobu-ryu
  • Shorei-ryu
  • Shobukan - Fundador: Mestre Massanobu Shinjo
  • Shotokan - Fundador: Mestre Gichin Funakoshi
  • Shotokai - Linhagem de Shotokan desenvolvida por vários discípulos do Mestre Gichin Funakoshi, podendo-se destacar o Mestre Shigueru Egami
  • Senshinkai - Fundador: Shihan Hiroaki Fuchigami
  • Shukokai
  • Shukokai
  • Uechi-ryu
  • Wado-ryu
  • Wado-kai
  • Jun wa-kan
  • KenkaRyu
  • Shidokan
  • Heik okai
  • Shinkyokushin
  • Deai osae
  • Kenshi kai
  • Bayakuren kaikan
  • Randori kai
  • Sekishinkan
  • Genseiryu
  • Bukeiko-Ryu
  • Bushido-Ryu

ESTILO E ESCOLA

 

Em termos de artes marciais, há que se notar que a palavra Escola não tem o mesmo sentido empregado no uso comum. O caratê é uma arte marcial que se subdivide em diversos estilos, o Shorin-ryu sendo um dos mais antigos entre eles. Cada estilo (ryu) é uma forma particular de se praticar uma determinada arte marcial. Nesse sentido, membros de estilos diferentes terão nomes diferentes para golpes semelhantes, katas e kihons próprios, diferentes progressões de faixa e até mesmo metodologias de ensino variadas. O que une os diferentes estilos é a consciência de que são como galhos de uma mesma árvore, no caso a arte marcial em questão.

 

As escolas (kan), por sua vez, são visões particulares de um determinado estilo. Muitas vezes elas se originam como tributos a Mestres muito graduados e, algumas vezes, acabam se transformando em estilos propriamente ditos, como foi o caso do estilo Shotokan, que deve ser mais corretamente chamado de Shotokan-ryu (uma vez que Shotokan seria a Escola de Shoto e Shotokan-ryu seria o Estilo da Escola de Shoto). Uma Escola, em termos de artes marciais, não é, portanto, um local de aprendizado de técnica, mas um conjunto de idéias dentro de um estilo. Os locais de aprendizado são chamados de Dojos, sendo estes filiados a alguma Escola. É neles que as pessoas aprendem Karate.


O karatê também pode ser praticado como um esporte competitivo, muito embora não possua status de esporte olìmpico como o Judô e o Taekwondo. Isto se deve ao fato de que não há uma organização centralizadora para o caratê, assim como não existem regras uniformes entre os diversos estilos. A competição pode ser tanto de kumite como de kata e os competidores podem participar individualmente ou em grupo. Vale lembrar, no entanto, que o caratê é considerado como modalidade olímpica, reconhecida pelo COI em 1999, uma vez que está de acordo com a Carta Olímpica. A Organização Mundial de Administração que foi reconhecida é a Federação Mundial de Karatê.

 

Na competição de kata, pontos são concedidos por cinco juízes, de acordo com a qualidade da performance do atleta, de maneira análoga à ginástica olímpica. São critérios fundamentais para uma boa performance a correta execução dos movimentos e a interpretação pessoal do kata através da variação de velocidade dos movimentos (bunkai). Quando o kata é executado em grupo (usualmente, de três atletas), também é importante a sincronização dos movimentos entre os componentes do grupo.

 

No kumite, dois oponentes (ou duas equipes de lutadores) enfrentam-se por um tempo, que pode variar de dois a cinco minutos. Pontos são concedidos tanto pela técnica quanto pela área do corpo em que os golpes são desferidos. As técnicas permitidas e os pontos permissíveis de serem atacados variam de estilo para estilo. Além disso, o kumite pode ser de semi-contato (como no estilo Shotokan), ou de contato direto (como no estilo Kyokushin).

 

Tabela de pontuação utilizada pela Confederação Brasileira de Karatê-do (CBK), e entidades a ela filiadas:

 

  • Ippon (um ponto) - soco na área do abdome, do peito, do rosto ou costas.
  • Nihon (dois pontos) - chute na área das costas; chute na área do abdome ou do peito, independentemente do oponente estar caído ou não.
  • Sanbon (três pontos) - chute na cabeça, com contato controlado (ou, dependendo da categoria em disputa, com aproximação de 5 cm a 10 cm, desde que o oponente não esboce reação), independentemente do oponente estar caído ou não; derrubar o oponente com técnica de varredura ou projeção e, num intervalo de até 3 segundos, aplicar uma técnica pontuável (exceto chute na região do abdome), desde que o oponente esteja completamente caído, sem chances de contra-atacar.
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Há, ainda, confederações que utilizam tabela de pontuação semelhante a esta. Por exemplo, a Confederação Brasileira de Karatê-do Interestilos (CBKI), bem como as entidades filiadas à mesma, utilizam wazari (meio ponto - ○), para golpes chudan (altura do tronco); e ippon (um ponto - ●), para golpes jodan (altos), ou indefensáveis. Nesse sistema de luta, o combate termina quando o tempo expira ou quando um dos dois oponentes atinge três pontos (sanbon), daí o nome do sistema de disputa ser Shobu Sanbon (disputa por três pontos).

 

Uma variação desse sistema é o Shobu Ippon (disputa por um ponto), onde vence aquele que conseguir um ippon ou dois wazari. Há, ainda, outra variação: Shobu Nihon (disputa por dois pontos), na qual vence aquele que obtiver dois ippon ou quatro wazari, mas esta última forma de disputa é mais utilizada para competições infantis.